terça-feira, 21 de setembro de 2010

Maçã evoluiu para sobreviver à extinção

Sequenciamento do genoma da maçã revela resultados inesperados

A análise do DNA completo da maçã sugere que um grande passo evolutivo da fruta foi causado por um evento ambiental catastrófico.

Um consórcio internacional sequenciou os mais de seiscentos milhões de pares de bases que compõe o genoma da maçã, o que ajudará, entre outras coisas, a entender características como “crocância”, “suculência”, sabor ou época de colheita.

O seqüenciamento revelou que grandes porções dos cromossomos estão copiadas em outros cromossomos. Esta duplicação explicaria por que a maçã e sua prima, a pera, possuem 17 cromossomos enquanto todas as outras plantas da família Rosaceae (incluindo morangos, framboesas e ameixas) possuem entre 7 e 9. A maioria destes genes duplicados estão relacionados ao desenvolvimento do fruto, o que pode ter permitido o surgimento das características peculiares vistas na fruta.

As análises evolucionárias traçaram essa duplicação do genoma para aproximadamente 60 milhões de anos atrás, e pensa-se que possa ter sido uma resposta de sobrevivência genética a um evento de extinção em massa de outras espécies, incluindo os dinossauros. Outras espécies vegetais bem adaptadas, como o choupo, sofreram uma resposta evolucionária similar na mesma época.

Parece que nossa querida maçã soube ser criativa o bastante para “inovar” seu genoma e sobreviver quando aquele grande meteoro atingiu o planeta no final do Cretáceo.

Fonte: http://www.australasianscience.com.au/news/september-2010/apple-evolved-survive-extinction.html

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