terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Migalhas de galáxia encontradas na Via Láctea

Uma nova corrente estelar foi encontrada correndo através da constelação de Aquário e os astrônomos pensam que ela é o que sobrou de uma galáxia menor que foi recentemente engolida por nossa galáxia.
Uma corrente estelar é um conjunto de estrelas associadas que orbitam uma galáxia e tiveram origem num aglomerado estelar ou numa galáxia anã que se partiu e esticou devido aos efeitos gravitacionais da galáxia maior.

A Via Láctea abriga mais de uma dúzia de correntes estelares, sendo que a maioria corre em torno do plano galáctico, como visto na imagem acima. Contudo a corrente de Aquário se encontra inserida dentro do plano, como visto na simulação abaixo.

Os pontos em rosa representam a corrente de aquário em sua posição dentro da Via Láctea.
A corrente de Aquário é a mais próxima do Sistema Solar já encontrada, estendendo-se de 1500 a 30000 anos-luz, em direção à constelação de mesmo nome. Também é a corrente mais jovem conhecida, tendo provavelmente se formado há "apenas" 700 milhões de anos, algo recente em termos cósmicos.
"As estrelas que o formam, no entanto, são bem velhas, com aproximadamente 10 bilhões de anos", diz a líder do estudo Mary Williams, uma pesquisadora de pós-doutorado do Astrophysical Institute Potsdam, na Alemanha. "Então é uma coisa velha que foi comida recentemente, algo como um lanche velho e mofado, eu acho."

Fonte para maiores informações: http://news.nationalgeographic.com/news/2011/02/110207-milky-way-galaxy-aquarius-stream-snack-space-science/

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A mamãe pterossaura

Um fóssil de pterossauro descrito na Science de Janeiro deste ano mostra uma mãe pterossauro (gênero Darwinopterus) que morreu há cerca de 160 milhões de anos após machucar uma asa e cair num lago. A fêmea em questão trazia em seu interior um único ovo que, com o início do processo de decomposição, foi expelido do corpo.

Este fóssil ajudou a confirmar duas ideias já levantadas sobre a vida dos pterossauros.
1. Machos e fêmeas possuem dimorfismo sexual: Muitos fósseis de Darwinopterus possuem uma crista percorrendo o focinho, enquanto outros não a possuem. Como o fóssil em questão trata-se com certeza de uma fêmea e esta não possuía a crista em questão, supõe-se que somente os machos carregassem este adorno.
2. Pterossauros enterram seus ovos na areia: Esqueçam os ninhos de pterossauros no alto de galhos ou montanhas que você via nos filmes! O ovo encontrado junto à fêmea provavelmente possuía uma casca flexível e pouco calcificada, de forma semelhante às dos ovos de muitos répteis modernos. Assim, é mais provável que os ovos fossem enterrados na areia, onde a umidade do ambiente seria capaz de providenciar a água necessária ao embrião. Os poucos fósseis já conhecidos de ovos de pterossauros e dos embriões contidos neles já levantavam tais suspeitas, pois os fetos já apresentavam asas bem desenvolvidas e ossos com calcificação suficiente para permitir que voassem logo após deixar o ovo.

Então a partir de agora pense nos filhotes de pterossauros saindo da areia como fazem as pequenas tartarugas, prontos para explorar o mundo por conta própria.